Descubra por que o trabalho remoto não funciona na prática

Por que o trabalho remoto não funciona se ele está tão em alta?

A verdade é que esse formato só não funciona se for implementado de forma inadequada, sem o desenvolvimento de uma cultura remota por padrão.

Muitas organizações e profissionais estão experimentando um jeito melhor de viver e trabalhar através do trabalho remoto.

No entanto, não dá para simplesmente migrar do presencial para o online sem adaptar a cultura e depois culpar o trabalho remoto.

Quer saber como evitar esse erro comum?

Nesse artigo, você vai conhecer:

  • Principais mitos sobre o trabalho remoto
  • Fatores que contribuem para o seu não funcionamento
  • Como implementar um modelo de trabalho remoto funcional

Continue a leitura e descubra agora mesmo.

Trabalho remoto não funciona mesmo?

O trabalho remoto só não funciona se for implementado de maneira equivocada: quando ele leva o presencial para o remoto, sem adaptar o formato de trabalho e a cultura da empresa.

Uma cultura remota é essencial para o trabalho funcionar e abrange desde o formato de comunicação da equipe até o papel da liderança.

Um exemplo de quando o trabalho remoto é implementado equivocadamente, é quando acontece o microgerenciamento, por parte da pessoa gestora no trabalho remoto, que gera interrupções prejudiciais à produtividade dos times e aos valores de flexibilidade e autonomia.

Também podemos citar a falta de processos bem estruturados e de um escritório na nuvem, por exemplo, que inviabiliza a dinâmica remota.

Então, qual o segredo do trabalho remoto que funciona?

A resposta está no desenvolvimento de uma cultura remote first.

Isso significa que tudo deve passar primeiro pelo remoto, desde a documentação e comunicação até a tomada de decisões da empresa.

Mitos sobre o fato do trabalho remoto não funcionar

Listamos dois mitos comuns que geram confusão sobre a eficácia do trabalho remoto na prática. Veja:

1. A cultura não pode ser construída a distância

O principal mito é a ideia de que “não se constrói cultura a distância”. Será mesmo?

Existem diversas empresas que estão aí para quebrar esse equívoco, como o próprio Officeless e as tantas organizações que já implementaram o formato remoto por meio dos nossos treinamentos de liderança.

Afinal, a cultura é formada pelos valores que são compartilhados entre a empresa e as pessoas. Ela não está ligada ao escritório físico, e sim às relações construídas no trabalho, independente de onde ele aconteça. 

2. As pessoas não têm maturidade para trabalhar remoto

Outro mito é que “as pessoas não têm maturidade”. 

Existe aí uma ideia de que o home office e o trabalho remoto são um incentivo para o profissional e os times produzirem menos e procrastinarem mais.

Para provar o contrário, em 2021, uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton e a Emlyon Business School apontou um aumento de 58% na produtividade dos profissionais que trabalhavam remoto.

Por que isso acontece?

No trabalho remoto, as pessoas perdem menos tempo com trânsito, se sentem menos frustrados longe da família e têm autonomia para gerir o próprio tempo.

7 Motivos reais que fazem o trabalho remoto não funcionar

Agora você já sabe que o trabalho remoto funciona quando implementado da forma certa.

Mas o que faz ele ser ineficaz na prática? 

Elencamos 7 motivos reais que vão contra os pilares e princípios do trabalho remoto e que você deve evitar para que esse formato funcione. Descubra:

1. Microgerenciamento

O principal motivo de ineficiência, como vimos anteriormente, é o medo de perder o controle sobre a equipe. 

Esse receio reforça o microgerenciamento que, mesmo no curto prazo, tem efeito negativo sobre a motivação, produtividade e bem-estar das pessoas.

O trabalho remoto exige flexibilidade, abertura para testes, aprendizado,autonomia e responsabilidade.

Por isso, não dá para vigiar as pessoas o tempo todo. É preciso dar a elas liberdade para trabalhar no seu tempo.

O papel da pessoa gestora no trabalho remoto é de orientar, direcionar e motivar - e não controlar. Menos vigilância, mais confiança!

2. Falta de confiança nas pessoas

O microgerenciamento vem principalmente daqui: a ideia de que as pessoas não vão trabalhar se elas não forem vigiadas. 

Esse equívoco é tóxico para todas as pessoas envolvidas no trabalho. Ninguém quer viver sendo vigiado 24 horas por dia e ter sua liberdade e autonomia paralisadas. 

Portanto, é papel da liderança adotar uma postura orientadora: direcionar o time para o caminho certo e motivar, mas sem microgerenciar as pessoas.

Acredite: as pessoas vão se sentir mais motivadas e autônomas se tiverem liberdade para gerenciar o próprio tempo e demandas.

3. Reuniões em excesso

O trabalho remoto exige o menor número de interrupções possível.

Quem nunca passou o dia em reunião online e chegou no fim do expediente com a sensação de não ter produzido nada? 

É por isso que, no remoto, a comunicação deve ser assíncrona por padrão.

Já a reunião deve ser usada como último recurso e sempre para fazer o trabalho e não para falar dele.

4. Falta de alinhamento de objetivos

A flexibilidade e autonomia do trabalho remoto não devem ser confundidas com falta de orientação. 

Cada time deve ter seu remo, mas todos devem remar no mesmo barco.

Portanto, é fundamental que as lideranças tracem objetivos, metas e propósitos claros que possam ser compartilhados pela equipe.

5. Trabalho em regime de plantão

Outro fator é entender que ser produtivo não é sinônimo de estar ocupado sempre, e estar online não significa estar disponível.

Ninguém é produtivo o tempo todo, até porque nosso cérebro tem um limite de foco de cerca de 50 minutos.

Além disso, a liberdade de tempo é um dos princípios da cultura remota. Portanto, não dá para esperar que as pessoas fiquem conectadas no trabalho 24 horas por dia. 

Pressionar os times a fazerem jornadas de trabalho desgastantes só demonstra uma coisa: falta de planejamento. 

6. Falta de processos digitais

Imagine um escritório de contabilidade online em que as pessoas da equipe estão remotas, mas os documentos ainda são impressos e guardados no escritório físico. 

Não funciona, certo?

Portanto, se o trabalho é remoto, todos os processos também devem ser.

Isso inclui a elaboração de um escritório na nuvem, um fluxo de trabalho bem desenhado e a gestão online de projetos.

7. Comunicação por WhatsApp

Não, não e não. A comunicação no trabalho remoto é assíncrona, e o Whatsapp é uma ferramenta que gera ansiedade e imediatismo.

As pessoas confundem o “online” com “estou disponível”. Isso gera muitas interrupções, os times perdem tempo respondendo mensagens que podem esperar e ainda têm o seu foco prejudicado.

Por isso, nossa recomendação é usar ferramentas específicas para comunicação assíncrona, como Basecamp, Discord, ClickUp e Microsoft Flow.

Como fazer o trabalho remoto funcionar?

Para funcionar, o trabalho remoto precisa ter seus princípios e pilares respeitados: 

  • remote first é people first
  • comunicação assíncrona
  • escritório na nuvem
  • reunião como último recurso
  • autonomia com alinhamento
  • as pessoas estão remotas, mas não estão distantes
  • propósitos, objetivos e metas claros e acessíveis
  • se uma pessoa está remota, todas estão

Essas são algumas máximas da cultura da comunidade Officeless, que compreende que o trabalho remoto é um modelo próprio e específico.

Ele tem uma forma correta de implementação. Exige posicionamento e compartilhamento de uma cultura que preza pela autonomia e flexibilidade, com compromisso e alinhamento.

Se você quer implementar o trabalho remoto da forma profissional e garantir resultados de alto nível, o Programa Liderança Officeless é para você.

Um treinamento que prepara líderes, executivos e equipe de RH para colaborar a distância e gerenciar times remotos. Você também pode ser membro da maior comunidade de líderes remotos do Brasil. 

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