Microgerenciamento: será que você está prejudicando a performance da equipe?

O microgerenciamento afeta a produtividade e autonomia das pessoas no trabalho remoto.

BBB do trabalho remoto? Equipe vigiada 24 horas por dia? Cuidado: o microgerenciamento é um dos principais monstros que afetam a produtividade e autonomia das pessoas no trabalho remoto.

Se você costuma verificar de hora em hora o que os colaboradores estão fazendo, sente necessidade de conferir se as pessoas estão online e fica a todo instante mandando mensagem para a equipe, ligue um sinal de alerta.

O trabalho remoto não é um BBB da vida real. Ninguém quer ser vigiado 24 horas por dia.

"Como saber que minha equipe está empenhada se não estou vendo de perto todos os processos?". Essa é uma dúvida comum entre os líderes de equipes remotas.

Mas estar online não significa estar disponível.

Muitas vezes, a postura encontrada é adequar as práticas do ambiente presencial para o online. Ou seja, replicar um modelo de trabalho presencial no ambiente online.

No entanto, essa não é a estratégia mais adequada. Acompanhe a leitura e entenda porquê.

Microgerenciamento: o que é?

O microgerenciamento pode ser definido como um controle excessivo por parte do gestor como forma de fiscalizar as ações da equipe de trabalho.

É quando o gestor controla minuciosamente o trabalho das pessoas para avaliar a produtividade e o tipo de tarefa que está sendo realizada.

Não confunda: microgerenciamento é bem diferente de coordenar um projeto e acompanhar o andamento das tarefas da equipe.

Enquanto o acompanhamento é saudável e importante para avaliar o progresso dos times, o microgerenciamento mina a produtividade e a liberdade das pessoas envolvidas no projeto.

Quais são as consequências do microgerenciamento?

O microgerenciamento prejudica tanto os gestores quanto a equipe de trabalho.

Para os líderes, ele significa perda de tempo, ansiedade, estresse e pouco resultado. 

Para a equipe, as consequências afetam a qualidade do trabalho, fazendo com que se sintam mais infelizes, pressionados e sem engajamento. 

E se as pessoas estão insatisfeitas, a produtividade não dá as caras. Pelo contrário: a equipe fica cada vez mais preocupada e ansiosa no ambiente de trabalho.

O resultado é um clima organizacional e cultura empresarial prejudicados.

No trabalho remoto, a busca deve ser por resultados, onde as lideranças possam compartilhar com clareza os objetivos da empresa, afinal, resultados importam mais do que horas.

Dessa forma, é possível alinhar expectativas e garantir que todas as pessoas tenham condições para a melhor experiência de trabalho possível.

Menos vigilância, mais confiança.

Desafio do microgerenciamento no trabalho remoto

Alguns indícios de que o líder tem a tendência de microgerenciar o trabalho da equipe no modelo remoto incluem a necessidade de:

  • Ver as pessoas (nem que seja virtualmente);
  • Saber onde as pessoas estão trabalhando 100% do tempo, se estão em um local apropriado e em condições específicas para um bom rendimento;
  • Verificar a todo momento se as pessoas estão online;
  • Ficar de olho estão cumprindo a carga horária ;
  • Ver a pessoa em uma tela, para saber exatamente o que ela está fazendo e ter controle da situação.

Se identificou com algum item da lista? Esse deve ser um sinal de alerta: você pode estar prejudicando a performance da sua equipe com o microgerenciamento.

A boa notícia é que existem soluções para esses desafios:

Transparência

As pessoas da equipe precisam saber por que estão fazendo determinadas tarefas.

Por isso, é preciso ser transparente e mostrar o impacto do trabalho de cada colaborador no todo.

A transparência traz motivação e engajamento a partir do momento em que as pessoas entendem o propósito, a visão da empresa e a importância do trabalho individual para que tudo possa funcionar.

Liberdade com responsabilidade!

Clareza dos objetivos

Na mesma linha da transparência, é importante deixar bem claro quais são os objetivos de cada projeto, o que precisa ser alcançado e qual o impacto de cada pessoa da equipe.

Com a clareza dos objetivos, é possível entrar em acordo para que cada um possa ter o melhor desempenho e colaborar para os bons resultados da empresa.

Alinhamento de expectativas

O alinhamento também é essencial para evitar o microgerenciamento:

  • Qual o papel que o gestor espera do colaborador?
  • Qual a importância de cada pessoa dentro do projeto?
  • Quais serão as tarefas de cada membro da equipe?

Ter todas essas perguntas respondidas gera mais tranquilidade e menos necessidade de controle.

Entender se os resultados estão sendo atingidos

A partir da transparência, do alinhamento de expectativas e da clareza dos objetivos, é preciso compreender se os resultados estão sendo atingidos.

Foque no que realmente importa: 

  • O que está sendo produzido pela equipe;
  • Se os resultados estão sendo alcançados;
  • Se a equipe está motivada;
  • Se as pessoas estão se sentindo bem naquele trabalho.

Ao invés de se preocupar em quais horários ou onde as pessoas estão trabalhando, preocupe-se se elas estão entregando as atividades nos prazos e de que forma contribuem para o alcance dos resultados.

Autonomia com alinhamento!

7 Passos para evitar o microgerenciamento da equipe

Agora você já sabe que o microgerenciamento é prejudicial para a equipe e quais soluções existem. Chegou a hora de conferir o passo a passo com 6 ações práticas para te ajudar na liderança:

1. Crie um planejamento semanal

O primeiro passo para realizar tarefas sem precisar do microgerenciamento é adotar um planejamento.

Identifique qual esforço deverá ser feito semanalmente para alcançar o objetivo final. 

O ideal é fazer essa distribuição de tarefas em conjunto com a equipe para que todos estejam alinhados e de olho nas prioridades.

2. Crie processos para ver os resultados do trabalho, não para vigiar as pessoas

O trabalho remoto precisa de resultados, não de vigilância.

Por isso, concentre-se no esforço de cada um e estabeleça prazos acessíveis e focados nos resultados.

Como fazer isso? Criando tarefas mais realistas que respeitem o tempo e espaço da equipe.

3. Garanta que as pessoas tenham o que precisam

É preciso garantir que a equipe tenha condições justas de trabalho, seja em relação a materiais, infraestrutura, informação ou suporte técnico.

Por isso, forneça sempre as melhores condições e os itens básicos para um trabalho digno, além de estabelecer uma relação de confiança com os colaboradores da empresa.

4. Proteja o tempo, o foco e o espaço de cada um

Outra estratégia é evitar interromper o trabalho das pessoas de maneira imprevisível. Não marque reuniões em cima da hora, por exemplo.

Permita que as pessoas possam trabalhar com concentração, preservando seu tempo e espaço. De modo geral, estabeleça rotinas de alinhamento previsíveis.

O lema das equipes remotas deve ser: menos vigilância e mais autonomia.

5. Estimule o bem-estar e a saúde mental da equipe

É cada vez mais importante priorizar a saúde mental e as boas práticas de um ambiente de trabalho.

Uma equipe que se sente bem tem mais produtividade, criatividade e engajamento nos projetos.

6. Priorize a comunicação assíncrona

Para evitar o microgerenciamento, também é preciso adotar uma comunicação assíncrona, que permita que as pessoas trabalhem dentro de seu próprio tempo e espaço.

É uma comunicação que possibilita mais flexibilidade, confiança e produtividade, já que as pessoas podem trabalhar no momento em que se sentem mais dispostas, focadas e concentradas no trabalho.

7. Adote o autogerenciamento

Ao invés do microgerenciamento, uma postura que privilegia o trabalho remoto é a adoção do autogerenciamento.

O autogerenciamento é a capacidade de cada pessoa em gerenciar as próprias demandas e a rotina de trabalho, respeitando os prazos do projeto enquanto trabalha no seu tempo e espaço próprios. 

Tem a ver com a liberdade e autonomia, que resultam em produtividade, engajamento e satisfação.

Nesse modelo, o trabalho flui seguindo uma relação de confiança mútua entre as pessoas. Afinal, só com a confiança é possível fazer o trabalho remoto funcionar sem que o colaborador seja vigiado durante todo o expediente.

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