Enquanto ainda se discute se o futuro será remoto, pessoas já mudam de emprego sem nem levantar da cadeira

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September 25, 2021
5 min read

Um ano e meio após o susto algumas empresas ainda tentam entender a dimensão do que está acontecendo.

Outras já fazem pouco caso achando que tudo não passou de uma solução emergencial, provisória. Tem aquelas que se movimentam para transformar a cultura, e muitas que esperam no formato híbrido a grande salvação do futuro.

Talvez o que exista em comum entre elas é a ideia do trabalho flexível ter surgido do nada, sem nenhuma intenção e planejamento, somando-se o fato de que o motivo foi o pior possível.

Mas apesar de todo o esforço da adaptação, falar em retomada a essa altura já não parece tão razoável.

O mundo do trabalho que vivemos até março de 2020 talvez nem exista mais. Ou até existe, mas está passando por uma mudança que não é nada sutil.

Retomar o que era antes faz tanto sentido quanto questionar se o trabalho remoto é uma realidade que veio para ficar.

Parece tudo muito acelerado, mas muitas pessoas há anos se deslocavam diariamente para a empresa para trabalhar através de uma tela. E agora a ficha caiu.

O que chamamos de trabalho remoto muito em breve será apenas trabalho.

Devolver esse tempo às pessoas e dar a possibilidade e as condições do trabalho acontecer de qualquer lugar é ser no mínimo coerente com os tempos atuais.

A experiência improvisada (e uma pandemia de background) enviesou a percepção do que esse movimento pode significar em um cenário próximo. Mas o que mudou não foi só o local onde o trabalho acontece.

O jeito de trabalhar é outro e ainda não percebemos.

Já vivemos um tempo em que é comum as pessoas mudarem de emprego sem levantar da cadeira.

Isso significa que agora a cultura importa ainda mais.

O que vai justificar um profissional trabalhar em uma empresa e não em outra?

Depositar no formato híbrido a esperança de ser a grande solução pode ser perigoso, pois esse ó modelo mais complexo de operar. O híbrido sem uma cultura digital, prioritariamente remota, pode não comportar a magnitude desse fenômeno.

Como depois de tudo isso convencer alguém a retornar ao trabalho presencial?

Especialmente em mercados onde a competição por talentos é mais acirrada vai ser difícil ensaiar essa volta sem enfrentar resistência e perda de talentos.

E se o foco é nas pessoas, pois bem, agora elas descobriram que existe um jeito melhor de viver e trabalhar.

Enquanto a empresa discute se o trabalho remoto veio pra ficar, tem gente já mudando de emprego sem nem precisar levantar da cadeira.

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